Samuel
Caminho pela rua, fora do hospital, minhas mãos nos bolsos e olhar nos meus pés.
Desde que saí de minha cidade natal, eu achei que tinha mudado, que tinha dominado essa minha parte instável, mas mesmo agora, eu me vejo a beira de um ataque de pânico.
Um filho.
Eu nunca tinha parado e realmente pensado, em uma criança. Uma vida que dependeria de mim para tudo, uma parte de mim e de Sarah.
Deus... e se tivessem a levado? Qual teria sido o destino dos dois?
Eu não consigo nem pensar nisso, sem tremer de raiva.
Ouço passos apressados as minhas costas e me viro, um pouco mais atento do que normalmente fico, ainda mais depois de tudo que nos aconteceu.
Vejo Dylan diminuir o passo, os olhos arregalados e mãos para cima.
— Sou eu, cara. — Ele me diz.
Respiro fundo e recomeço a andar, sem nem saber ainda para onde estou indo.
Dylan me segue passo a passo, sem me perguntar o motivo de eu estar andando a esmo ou quando vou parar com isso e acho sua atitude estranhamente reconfortante.
Mi