Sarah
O salão em cores roxas me parece fofo quando eu o encaro do lado de fora. Ao meu lado estão Samuel, Dylan e Nina e começo a achar uma comitiva e tanto, só para fazer algumas perguntas, mas não conseguindo abdicar do apoio deles, eu só respiro fundo e entro no salão, a sineta da porta anunciando que entramos.
Uma senhora de cabelos vermelhos, a cor viva combinando com o corte curto que ela usa, está varrendo o chão e não se vira de imediato quando nós entramos.
— Menino, avise a sua mãe que não poderei cortar seu cabelo hoje. Minhas duas meninas ficaram presas naquele curso na cidade vizinha e minhas costas estão me matando hoje. — Ela avisa, a voz rugosa de quem fuma um ou mais maços por dia.
Troco um olhar com Dylan, que dá de ombros. Demoro um pouco a desviar o olhar dele, reparando que Dylan me parece um pouco pálido, sua pele geralmente de um tom retinto forte, hoje quase acinzentada.
Ele não está bem.
— Desculpe decepcionar, mas eu não vim cortar o cabelo. — Digo, alto o su