Eu deveria estar feliz. Deveria estar em paz. Meu trabalho era tudo o que eu sempre quis. E meu chefe - que também era meu namorado - era ainda melhor. Ele me tratava como uma rainha, com carinho, com respeito, com aquela intensidade silenciosa que só o Noah tinha. E minha filha... minha filha estava bem. Era incrível ver os dois juntos. Às vezes, parecia que Noah e Aurora se conheciam desde o dia em que ela nasceu. Ela corria até os braços dele com confiança, ria das caretas que ele fazia, e o som da gargalhada dos dois se espalhava pela casa, aquecendo até os cantos mais frios.
Nosso jantar - ou sei lá o que aquilo foi - tinha sido perfeito. A família dele me acolhera com tanta leveza que até os comentários mais inusitados soavam engraçados. Era isso que eu queria pra mim. Pra nós. Uma família de verdade. Não como as do passado, quebradas e silenciosas, mas uma família unida, imperfeita na medida certa, e por isso mesmo perfeita pra mim.
Mas, mesmo assim, tem algo apertando meu peit