A rotina começava, aos poucos, a voltar ao normal. O escritório era amplo, moderno, e carregava aquele silêncio cheio de ideias - o tipo de silêncio que pulsa criatividade. Noah estava na sua mesa digital, totalmente imerso no projeto. Os olhos brilhavam a cada novo comando, e seu entusiasmo era quase palpável. Ao lado dele, Sophia mantinha o mesmo foco, mas com uma leveza que só ela tinha. Era impossível não gostar dela. Inteligente, divertida, sincera até demais - do tipo que falava verdades rindo, e ainda assim deixava todo mundo confortável.
Eu, sentada à minha mesa, com o cotovelo apoiado e a cabeça na mão, observava os dois em silêncio. Por um momento, me peguei sorrindo sozinha, perdida em pensamentos. Eu deveria mesmo agradecer. Por tudo. Pelo que a vida me trouxe... ou melhor, pelo que o destino me permitiu encontrar. Chamar de sorte seria pouco - parecia algo traçado com propósito. De alguma forma, Noah entrou na minha vida, e desde então tudo ganhou um novo sentido.
Ele cui