Um Amor para uma Alma Quebrada
Um Amor para uma Alma Quebrada
Por: Tai dorneles
capítulo um

O meu nome é Luna, o meu avô deu-me esse nome, pois ele sempre me disse que eu era a sua lua numa noite de verão, linda e brilhante iluminando toda a sua escuridão, o meu avô era tudo para mim, um ex-militar, Major Roberto Williams.

 Mas a lista de pessoas que me amam acaba por aí, os meus pais não queriam ter uma filha então passam o tempo todo me ignorando, estão sempre viajando e só aparecem comigo para me mostrar para a mídia e posar de família perfeita.

 Já me acostumei com isso, pelo menos eu tinha o meu avô, ele morava num bunker fora da cidade, ele prezava muito pela sua segurança e pela nossa também, uma pena minha mãe não ligar para isso, sempre que eu ia para a sua casa ficava sempre perto da natureza, ele queria que eu aprendesse a amar o mundo como ele é, pois, a natureza é a coisa mais linda que ele já viu, e por estar na guerra ele sabia apreciar o verde dela, como ele mesmo disse ele trabalhou na chuva vermelha, onde esse mesmo verde estava tingido de vermelho, vermelho pelo sangue dos seus amigos e companheiros, numa terra de ninguém a onde predomina o cinza e a dor, onde tudo que eles queriam era mais e mais poder, infelizmente os meus pais nunca pensaram assim, o meu pai tem uma multinacional e nunca se importou para a natureza, e a minha mãe a única natureza que ela admira são as peles dos animais que ela ama fazer bolsas e sapatos e até alguns casacos.

  Desde cedo eu já tinha escolhido fazer administração de empresas, queria que a minha família se orgulhasse de mim, mas eu avô encorajava-me a fazer designer de joias, ele sabia que realmente era isso que eu amava, amava ver as jóias se tornando ainda mais lindas, amava como algumas pessoas faziam delas indispensáveis, que elas mostrassem a sua personalidade, mas eu queria ser mais próxima dos meus pais.

 E esse foi o eu grande erro, tentar agradar quem nunca sequer se importou comigo, no dia que eu contei haver descido o'que faria e que cuidaria da empresa do meu pai eles riram de mim, falaram que eu precisava arrumar um marido competente que ele sim, cuidaria de tudo, eles nem quiseram pagar a minha faculdade, por isso tive que me esforçar muito para conseguir uma bolsa um, uma das melhores faculdades do país.

 Estava tão focada na em agradar eles que me afastei do meu avô, ele sempre me ligava e eu falava com ele, mas era só isso, quando ele me convidava para ir lá era sempre a mesma desculpa que eu não podia, pois estava em semana de prova, que eu tinha que estudar mais, e foi assim que eu decepcionei a única pessoa que me amava, eu parei de viver para tentar realizar o sonho de fazer eles olharem-me, mas isso durou só até os meus 17 anos, a onde eu não sabia na época mais tudo mudaria.

  

E foi na segunda semana de abril, quando recebi a pior notícia.

— Nós sentimos muito Luna, mas seu avô morreu, nós infelizmente não vamos poder ir ao funeral, mas se quiser ir pode ir, mandei preparar uma coisa simples lá mesmo naquela coisa que ele morava.- disse a minha mãe sem emoção alguma.

 Eu já devia saber que algo de ruim havia acontecido para ela estar-me ligando só a morte de alguém, mesmo.

— Mas mamãe ele é seu pai, a senhora tem que vir para o funeral.- disse em meio aos soluços, aquela notícia acabou comigo.

— Ai Luna, deixa de ser tão sentimental, ele era velho e já estava na hora de morrer mesmo, e eu estou muito ocupada para ir.- Disse isso e desligou o telefone na minha cara. 

Nem sei porque estou chateada com ela, já era de se esperar que isso fosse acontecer, penso que ela não viria nem se fosse o meu.

Fui ao seu funeral, e fiz questão de mudar algumas coisas, a minha mãe iria enterrar ele num cemitério qualquer, mas eu fiz questão de achar um perto da natureza de da casa que ele tanto amava, ele nunca me pediu isso, mas sei que iria querer ficar perto da natureza e perto da onde vovó também foi enterrada alguns anos antes, ela havia morrido de um câncer de mama muito agressivo.

 

Depois do enterro voltei para a casa a onde eu ficava, a dor da sua morte ainda estava comigo, porém eu não podia desistir de tudo agora, então continuei a estudar e a ir bem nas provas, eu nunca tive nem tempo para arrumar um namorado, por mais que alguns meninos tentassem se aproximar de mim eu sempre fugia deles.

 Eu não era uma menina feia, sempre tive a estatura mediana, medindo 1,60 os 16 anos, era magra até demais, mas não por genética e sim porque estava tão focada nos estudos que às vezes comia apenas uma refeição no dia e isso já me deu problemas demais, sou ruiva natural, no rosto tenho algumas sardas e tenho os olhos verdes num tom bem claro, lábios carnudos, e mesmo magra de mais sempre tive muita bunda e seios fartos, acredito que isso atraia os meninos, mas eu mesma nunca gostei de chamar a atenção deles.

  Após anos estudando muito, de vários sacrifícios eu finalmente consegui a tão sonhada bolsa de estudos, não havia contado para os meus pais, pois sabia o que eles iriam dizer a respeito disso, então decidi manter tudo em segredo.

 Dia 15 de março seria o primeiro dia de um novo começo, de uma nova eu, só não sabia que seria também o meu primeiro dia no inferno, com o próprio diabo à minha frente.

Sai cedo para o meu primeiro dia na faculdade, era incrível estar lá, mesmo que eu soubesse que não era o que eu realmente queria para a minha vida.

 Depois de um longo dia, até que não havia sido tão ruim, consegui até fazer uma amiga, o nome dela é Samanta Miller, nos demos muito bem logo de cara, então ela convidou-me para ir na casa dela, e como eu nunca tive uma amiga logo fiquei empolgada com a ideia.

 Quando saí de lá já era cerca de umas 22:00 horas da noite, a rua estava escura, mas eu já estava acostumada com a cidade e a andar a noite na rua, a Samanta havia-me perguntado se eu queria dormir lá, mas eu não quis, achei melhor ir direto para a minha casa, eu não morava tão longe da casa dela.

Como eu havia passado para (EBAPE) que fica localizado no Rio de Janeiro, eu tinha alugado um apartamento ali perto e a Samanta morava apenas algumas quadras de distância, não vi problemas em ir para casa sozinha.

 

A noite estava quente e bem clara, não valia a pena chamar um carro de aplicativo, então fui a caminhar, e estava tudo tranquilo, até eu passar por uma rua um pouco mais escura, eu senti um arrepio ao longo da minha coluna, mas supus que não fosse nada, de repente escutei passos apressados atrás de mim, e de algum jeito sabia que não era pura coincidência, era ele o monstro que arruinaria com a minha vida, e naquela noite eu seria a sua presa.

Tentei correr e fugir dele, mas quanto mais eu tentava mais ele ria de mim, ele dizia que eu jamais conseguiria livrar-me dele agora.

De repente ele põe algo perto do meu rosto e em questão de segundos acabo perdendo os sentidos e desmaio, ficando vulnerável para ele fazer o que quisesse comigo.                            

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