narração: Vinícius
Eu não tava bem. Aliás, eu tava péssimo. Um trapo humano. Um homem à beira de um colapso emocional, gritando pelos cantos de casa como se tivesse perdido uma fortuna — mas não, eu tinha perdido ela, a minha linda Sara!
— SARA!!! — berrei mais uma vez, como se o nome dela fosse me devolver o juízo.
Quando vi que ela não tava no quarto, no banheiro, nem em lugar nenhum da casa... fui no último lugar possível: o quarto da minha mãe. Abri a porta no susto, e...
— AI, MEU DEUS, NÃO!!! — cobri os olhos na hora. Minha mãe e o meu pai estavam ali, numa vibe “sessão da tarde proibida para menores”. Que inferno.
minha mãe soltava uns gemidos estranhos, o meu pai sem camisa me xingando, e eu ali, traumatizado pro resto da vida.
Tentei focar no que importava.
— Onde mora aquele tal de Luciano?! — perguntei, mostrando o celular tremendo na mão. — A Sara mandou isso aqui, olha o lugar! Uma boate! BO-A-TE, mãe!
Meu pai claro, tirou onda:
—Mas essa boate aí não foi a mesma onde eu