Sara
Vinícius, sem ter escolha, segurou a minha nuca com uma mão e a cintura com a outra, me puxando para um beijo daqueles que fariam qualquer roteiro de novela parecer morno. Nossas línguas se encontraram com vontade, e eu já estava em chamas.
— Ei, vamos com calma... — ele murmurou.
— Não. Cadê seu carro?
Eu já puxava o cinto da calça dele com urgência.
— Ele está ali. O que deu em você?
— Vamos, abre.
— Pronto, abri...
— Agora entra e senta.
Ele sentou no banco da frente. Eu, de vestido, tirei a calcinha como quem sabe exatamente o que quer.
— Quer fazer isso agora? Aqui, na rua? Dentro do carro?
— Quero. Merda, esse cinto não sai...
— Ele te deu o quê? Isso só me lembra a ambulância... Você me deixou louco aquele dia.
— Vamos, me ajuda a tirar. Ele não me deu nada, porque eu não comi nada. Você que me deixou assim.
Eu estava ardendo em desejo.
— Eu? Não fiz nada...
— Fez sim. Gostei do Dom Vasconcelos...
— Foi isso que deixou você assim? Posso ser ele mais vezes.
— Seja agora.
El