capítulo 115

Sara

Vinícius, sem ter escolha, segurou a minha nuca com uma mão e a cintura com a outra, me puxando para um beijo daqueles que fariam qualquer roteiro de novela parecer morno. Nossas línguas se encontraram com vontade, e eu já estava em chamas.

— Ei, vamos com calma... — ele murmurou.

— Não. Cadê seu carro?

Eu já puxava o cinto da calça dele com urgência.

— Ele está ali. O que deu em você?

— Vamos, abre.

— Pronto, abri...

— Agora entra e senta.

Ele sentou no banco da frente. Eu, de vestido, tirei a calcinha como quem sabe exatamente o que quer.

— Quer fazer isso agora? Aqui, na rua? Dentro do carro?

— Quero. Merda, esse cinto não sai...

— Ele te deu o quê? Isso só me lembra a ambulância... Você me deixou louco aquele dia.

— Vamos, me ajuda a tirar. Ele não me deu nada, porque eu não comi nada. Você que me deixou assim.

Eu estava ardendo em desejo.

— Eu? Não fiz nada...

— Fez sim. Gostei do Dom Vasconcelos...

— Foi isso que deixou você assim? Posso ser ele mais vezes.

— Seja agora.

El
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