capítulo 4

𝑽𝒊𝒏í𝒄𝒊𝒖𝒔 𝑽𝒂𝒔𝒄𝒐𝒏𝒄𝒆𝒍𝒍𝒐𝒔

E aí, pessoal! Sou o Vinícius Vasconcellos, 25 aninhos, e, modéstia à parte, sou um cara bem interessante! As meninas sempre dizem que sou irresistível! A vida, pra mim, é uma festa, e eu adoro aproveitar, especialmente quando estou livre, curtindo com as gatas. Não sou de me prender a uma única mulher, mas se você estiver solteira e cruzar meu caminho, que seja uma loira bem gata! Afinal, as loiras têm a fama de serem menos espertas, e posso me divertir à vontade. Mas shhh, não quero arrumar briga com elas!

Meu pai? Ah, meu pai é dono de um dos cassinos mais badalados de Las Vegas. O cara tem tanta grana que saco a vida de boa, mas às vezes ele corta meu cartão, porque dinheiro é pra gastar e eu sou expert nisso! Eu aproveito cada segundo, bebo, curto e aproveito a vida do jeito que deve ser!

Tenho uma galera incrível de amigos de infância. Tem o Cláudio, que é tão galinha quanto eu e não curte relacionamentos. E o Leandro, que é o cara tranquilo. Ele é casado com a Luna, nossa parceira desde a adolescência. O Leandro também é médico e, além de ser um bom partido, é meu primo. Depois que meu tio se foi, meu pai assumiu os cuidados com ele, então somos como irmãos.

(...)

— Cara, já tentei três vezes e só dá erro, não autorizado! — reclama o barman, enquanto meu cartão não quer colaborar.

— Tenta de novo! Isso está estranho, meu cartão nunca me desapontou! — digo, irritado, porque sei que isso tem a ver com meu pai.

— Desculpa, Vinícius, mas não rolou mesmo. — Merda! Pego o cartão com raiva e jogo na carteira.

— Faz o seguinte, coloca na conta do meu pai, porque isso tem a cara dele! — Saio bufando. Justo hoje que tinha uma morena linda no meu pé! Como vou impressionar uma gata sem grana? As morenas são sensacionais, mas têm essa coisa de querer selinhos, e eu não faço boca a boca assim, não! A única boca que quero beijar é a que faz meu coração acelerar de verdade. Vai saber se e quando isso vai acontecer... Por enquanto, só quero esfregar na cara do meu pai que passei a vergonha de hoje.

— Pai! — entro em casa e percebo que tudo está diferente. Dois dias fora me deixaram com saudades do lar.

— Tô aqui, Vinícius, no escritório! — ele grita, e eu sigo na direção.

— Que palhaçada foi essa, pai? Passei vergonha e perdi a morena! Não me diz que estamos quebrados! — Ele apenas balança a cabeça.

— Vinícius, quando você vai entender que eu não vou viver para sempre? — Reviro os olhos. Meu pai é novo, não vai morrer tão cedo.

— Se eu não bloqueasse seu cartão, você não voltaria pra casa, e eu tenho uma surpresa pra você. — Ah, meu pai arrasa nas surpresas! Na última, me deu um carro novo, e eu já tô animadão!

— Que surpresa? — Pergunto, com um sorriso no rosto.

— Está no seu quarto. Sobe lá e confere, porque eu me diverti muito preparando isso pra você. — Passo por ele, todo empolgado, e subo as escadas. Espero que seja um cartão sem limites, onde vou pra Ibiza e gasto tudo com as melhores gatas!

Subo para o andar de cima, com um coração que mal aguenta a expectativa pelo que vai me surpreender. Abro a porta do meu quarto e… — Que diabos é isso? Uma mulher? — Pois é, lá está ela: uma morena de olhos azuis, curvas de dar inveja e, meu Deus, que bumbum é esse! Entro no quarto com aquele meu sorriso irresistível, enquanto a porta se fecha sozinha. Estou admirando a habilidade do meu pai em fazer o filhinho feliz — perdi uma morena, mas ganhei uma gostosa.

— Só preciso de um banho, mas como sei que meu pai deve ter te pago bem, você vai ter que esperar sem reclamar. — E já vou tirando minha camiseta, fazendo um flerte. Ela, por outro lado, não parece nem um pouco impressionada com meu físico. Ela balança a cabeça e começa a mexer na minha gaveta — Que absurdo! Quem deu a ela o direito de mexer nas minhas coisas? Odeio isso.

— Pega, maridinho! — diz ela, jogando uma caixinha em mim. O que foi isso? "Maridinho"? Abro a caixa e vejo uma aliança. Dou uma gargalhada e devolvo a aliança a ela.

— Você tá louca! Tenho certeza de que não fui ao altar com você! — Digo, enquanto ela vasculha meu closet e pega uma blusa de frio. Espera aí, como assim tem roupa dela aqui? — Que balançada é essa? Quem é você? — pergunto, tirando as mãos dela do meu armário.

— Meu filho, pergunte ao seu pai, não a mim. Eu sou a vítima aqui. Você realmente acha que estou feliz por estar casada com você? — Olho para essa figura deitada na minha cama e me pergunto se estou surtando.

— PAI! — grito, saindo do quarto. E lá está ele, sossegado, lendo um jornal.

— O que é aquilo no meu quarto? — ainda grito, e ele continua olhando para o canto do jornal.

— Ah, você se refere à sua esposa? Linda, não é? E o melhor, ela é bem carinhosa e sabe fazer umas coisas super legais. Você vai adorar! — Acho que meu pai tá de brincadeira. Eu, Vinícius Vasconcellos, casado? Tô fora!

— Pai, o senhor está brincando, fala sério. Uma esposa? — Ele fecha o jornal e fica sério, um sinal claro de que não estou sonhando.

— Um cara me devia uma grana e me pagou com a filha dele. E, olha, ela é uma boa esposa e futura mãe dos meus netos, então trate de dar uma animadinha e pare de usar camisinha, porque quero um bebê logo nessa casa. — Eu juro que essa foi a melhor pegadinha que meu pai já fez comigo.

— Ok, pai, vou trabalhar como o senhor pediu e ficar mais tempo em casa. Só estou em casa nos domingos, prometo ser um filho melhor.

— Você não entendeu nada, Vinícius. Eu não estou brincando, a Sara é sua esposa, e se você quiser continuar tendo uma vida boa, trate de ser um bom marido, porque ela não tá tão afim de você. E se não quiser viver na pobreza, conquiste-a como um verdadeiro cavalheiro. — Me sento na cadeira, tentando processar tudo, porque seria bem melhor ser casado do que viver na miséria.

— E se não rolar entre nós, pai? Ela só está aqui porque você comprou ela! Que vergonha! Quero ver o que minha mãe vai achar disso! — Ameaço ele, porque meus pais ainda são casados, mesmo que minha mãe viva em Paris e meu pai aqui. Como isso funciona?

— Sua mãe já sabe e disse que não quer se meter nos meus assuntos. Quanto à moça, Vinícius, sugiro que suba para o seu quarto e faça as pazes com a Sara, porque divórcio não é uma opção. E, por favor, use a aliança, homem casado usa no dedo da mão esquerda. — Saio em direção à porta, porque a minha realidade agora é outra. Mas, ao subir para enfrentar a estranha, meu pai me chama de volta:

— Espera, Vinícius! Aqui estão as regras. Assim como a Sara ganhou as dela, você também tem as suas. E, se você não seguir, tenha certeza de que vai ralar até para comer. — Pago as 500 folhas de regras que ele me entregou e bato a porta ao subir, precisando ler tudo com calma antes que eu realmente surte.

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