Cap 260. As lágrimas por de trás da máscara.
Do outro lado da rua, dentro de um carro preto parado sob a sombra densa de uma árvore, uma figura permanecia imóvel. Os vidros escurecidos escondiam o fervor que queimava por trás do silêncio.
Eloisa estava no banco do passageiro, os ombros tensos, o corpo inteiro tomado por uma rigidez que só aumentava a cada gargalhada vinda do parque. O motor estava desligado há quase uma hora, mas ela sequer piscava. O riso das crianças atravessava o vidro como navalhas.
Seus olhos estavam cravados em Stella.
Encostou a ponta dos dedos no vidro, devagar, como se quisesse atravessá-lo com o toque.
— Tão perto… — sussurrou, com a voz trêmula. — Tão minha…
Havia um brilho estranho em seu olhar, não era ternura. Era algo mais denso, mais sombrio. Uma mistura de delírio, dor e desejo sufocado. Seu peito subia e descia com dificuldade, como se até o ato de respirar causasse dor.
O celular vibrava no colo, mensagens se acumulavam na tela bloqueada, mas ela ignorava tudo. O mundo poderia ruir ali m