Cap 261. O som da vida.
Enquanto isso, na clínica de Maicon, o som suave do aparelho de ultrassom preenchia o consultório. A luz azulada das telas refletia no rosto de Antonella, deitada na maca, com a barriga descoberta e coberta pelo gel morno. Oliver estava ao lado dela, segurando sua mão com firmeza, os dedos entrelaçados, o olhar grudado no monitor, quase sem piscar.
— Preparados pra ouvir o som mais bonito do mundo? — perguntou Maicon, com aquele sorriso gentil.
— Mais do que pronto, tio. — disse Oliver, tentando parecer tranquilo, mas a voz já estava embargada.
Em poucos segundos, o tum-tum-tum forte e ritmado preencheu a sala. Era nítido. A vida ali, pulsando.
Maicon olhou para os dois e sorriu de leve, mas era um sorriso apertado, como se ele mesmo precisasse engolir o choro. Mesmo sendo médico há anos, aquele momento nunca perdia a força.
— Esse som é música, né? Não importa quantas vezes ouvimos, ele sempre emociona. — comentou ele, mexendo nos ajustes do aparelho.
Antonella assentiu, mas