Cléo respirou fundo antes de começar a falar, seu olhar fixo em Oliver, com uma intensidade que parecia perfurar sua alma.

— Meses atrás, Eloisa foi à minha clínica para fazer uma inseminação artificial... — disse ela, sua voz entrecortada, como um fio de Ariadne prestes a se romper.

Oliver ouvia atentamente enquanto Cléo falava, sua expressão se tornando uma máscara de choque e incredulidade.

Ele sempre havia pensado que conhecia Eloisa, mas agora percebia que havia sido cegado por seu carinho por ela. Chegando a acreditar que realmente tinha culpa de tudo de ruim que acontecia com ela, os acidentes, as quedas, as idas para o hospital após suas tentativas de suicídio. Era algo que o torturava, obrigando-o a permanecer em um relacionamento que não existia amor.

— Mas para que ela precisaria fazer uma inseminação se ela já estava grávida?— perguntou Oliver como se estivesse em negação.

— Ela havia perdido o bebê que vocês estavam esperando após uma queda de escada na casa dos