Collor fechou a porta atrás de si com uma força que fez os objetos na sala tremerem. Seu rosto estava contorcido em uma expressão de pura furia, os olhos arregalados e a boca apertada em uma linha fina.

Cléo e Tayane estavam paralisadas, com os olhos arregalados de medo.

— Me diz que estou ouvindo errado e que vocês não fizeram isso? — perguntou Collor, sua voz pausada e controlada, mas com uma raiva subjacente que ameaçava explodir a qualquer momento.

Cléo engoliu em seco e começou a falar, sua voz trêmula.

— Senhor... — gaguejou ela. — Eu sinto muito... mas é verdade, eu troquei a ampola sem querer...

Collor fechou os olhos com força, como se estivesse tentando conter uma explosão. Ele sentiu seu corpo todo tremer, como se estivesse sendo sacudido por uma força interior.

Com um movimento brusco, ele bateu as mãos na mesa de Cléo, fazendo o computador e os objetos que estavam lá tremessem. Seus dedos trêmulos apertaram com força os papéis que estavam na mesa.

Collor le