Camila apertou os olhos, tentando afastar a sensação, mas ao invés de escuridão, viu flashes em sua mente: árvores altas, a lua brilhando no céu, e olhos como uma esmeralda lapidada, que fitavam os dela através da sombra.
Camila (sussurrando): — O que você quer de mim...?
Loba: — Que me deixe guiar. Que confie. Não estou aqui para roubar seu lugar, mas para completar o que você é.
O coração de Camila batia descompassado. Parte dela queria gritar, chamar os pais, fingir que nada estava acontecendo. Mas outra parte... uma parte que ela mesma desconhecia... sentia-se estranhamente acolhida pela voz.
Camila: — E se eu não quiser ouvir?
A loba fez silêncio por um momento, antes de responder com suavidade, mas também com uma verdade inescapável:
Loba: — Não importa se você quer. Já estamos ligadas. Você pode adiar, mas não pode fugir do que nasceu para ser.
Camila respirou fundo, sentindo as lágrimas deslizarem por sua pele. Olhou para o teto, tentando buscar força em si mesma.
Camila: — Eu