O vento atravessava aquela cidade como um sussurro de advertência, dobrando as copas altas e fazendo as folhas rangerem como ossos antigos. A estalagem onde Alexander, Crystofe e Dhonavan, estavam não era distante de Voltera a cidade onde nasceu, e Alexandre sabia, sempre se hospedava naquela estalagem com sua família e sua baba Kia mãe de Crystofe.
Um refúgio quase invisível para quem não conhece o lugar. Era ali que os Alexander treinavam com seu pai, quando era criança e saiam para caçar javali e mantinham distância de tudo, que pudesse afetar o momento de família simpre do campo sem coroa apenas uma família feliz.
Alexander se levantou do leito de tiras como couro aveludado, o corpo alto suado e marcado por cicatrizes que não pertenciam a um homem comum de vida tranquila. Aos vinte e sete anos, sua aparência ainda carregava vigor e juventude, mas seus olhos — dourados como âmbar antigo — denunciavam algo mais: poder e liderança dádivas que não se escolhem, apenas se carregam.
Ele