Lion, que raramente demonstrava qualquer emoção além da neutralidade calculada, parecia ter levado um soco invisível.
Johon soltou um murmúrio baixo.
Naryah, ainda sob os efeitos da poção, sentiu um arrepio percorrer cada célula. Como se o nome carregasse vida, memória e uma dor antiga demais para ser explicada.
Crystofe piscou várias vezes, tentando reorganizar mentalmente tudo o que sabia — e tudo o que acabara de descobrir.
— Lunareth Kyra… — repetiu ele, quase tropeçando no nome. — Isso é impossível. Essa mulher é uma lenda. As bruxas a consideram um símbolo de poder e rebeldia. O Conselho a cita como um exemplo proibido — a mestra da magia livre, a feiticeira que derrotou reis, derrubou muralhas, e jamais perdeu uma batalha. Até que sumiu.
Mariana assentiu.
A voz dela estava mais baixa, mais profunda, carregando séculos de ecos.
— Ela não sumiu. Ela foi encarcerada. Junto com o marido. Por um rei tirano… Chamado Golderik.
Alexander sentiu um frio percorrer suas costas.
— Golderik