Eu não gostava de ser ignorado.
E, definitivamente, não gostava de ser dispensado.
Mas lá estava eu, encarando Adeline Moretti enquanto ela fazia exatamente isso, sem sequer pestanejar.
— Podemos conversar? — perguntei, tentando manter minha voz neutra.
Ela suspirou, os olhos cansados pousando em mim.
— Aston, esse é o seu nome, certo? Eu agradeço o que você fez, mas acho que já resolvemos tudo por aqui. — Ela ergueu a sobrancelha. — Certo?
Certo?
Errado pra caralho.
Cruzei os braços, mantendo meu olhar fixo no dela.
— Não acho que resolvemos tudo. Na verdade, acho que precisamos conversar sobre o que aconteceu naquela noite e sobre muitas outras coisas na verdade.
Adeline não hesitou.
— Não temos nada para conversar. — Sua voz foi firme, sem espaço para discussão. — Foi uma noite qualquer depois de muita bebedeira, sei que você é jovem mas tenho certeza que consegue entender isso, não é querido? Já passou.
Eu senti minha mandíbula travar.
Uma noite. Já passou.
Ela realmente... deus c