70: Uma mãe que não ama.
Cap. 70: Uma mãe que não ama.
Zen engoliu em seco, a garganta seca como papel. As palavras pareciam presas em sua língua, e a cada segundo que passava, a angústia aumentava. Forçou um sorriso gentil e puxou uma cadeira, sentando-se próximo a ela como se conseguisse esconder toda a frustração que sentia naquele momento.
— Mãe... – ele suspirou, a voz baixa e trêmula. A palavra ecoou naquela sala, carregada de esperança e medo.
Ela colocou as mãos sobre os ouvidos, como se tentasse abafar o som de sua voz.
— Não... Não se atreva! – ela asseverou, os olhos arregalados.
— Tudo bem, então por que não me trata como seu psicólogo? Eu passei anos me esforçando para te ajudar... – ele murmurou, inseguro.
— O que quer? Jogar na minha cara que tem se esforçado para conseguir me tratar de algo que você mesmo causou? – ela o acusou, a voz carregada de raiva.
— Eu não causei nada! – ele asseverou, baixinho, cerrando os punhos, mas não de raiva, e sim de frustração.
— Por que não me deixa em paz? Faz