— Faz sentido! — Comentei, ainda rindo, enquanto erguia minha taça. — Vamos brindar aos nossos amores impossíveis.
Eu havia dedicado tanto ao Davi, por tantos anos, e no final também não deu certo. Finalmente percebi que tinha algo em comum com Jean, esse homem aparentemente inatingível: ambos éramos rejeitados pelo amor.
Jean ergueu sua taça e brindou comigo, mas, antes de levar o vinho aos lábios, ele parou e perguntou:
— Você ainda ama o seu ex-marido?
Tomei um pequeno gole de vinho, pensando antes de responder:
— Não amo mais. Mas, depois de tantos anos, é difícil arrancá-lo completamente do meu coração. Preciso de tempo.
— Entendo.
— Além disso, ele não pode ser considerado meu ex-marido ainda. Não nos divorciamos. É complicado, e acho que não vamos resolver isso tão cedo. — Suspirei, já sentindo o peso da preocupação voltar.
Amanhã seria nossa segunda tentativa de oficializar o divórcio, mas eu temia que ele não aparecesse de novo.
Se isso acontecesse, eu não teria escolha a não