— Quer que eu vá até aí? Estou livre agora. — Jean perguntou, sua voz cheia de preocupação.
— Não precisa. Se você aparecer, as coisas só vão ficar mais complicadas. — Recusei sem hesitar. Justo nesse momento, o elevador chegou ao andar da minha avó. Acrescentei rapidamente. — Eu resolvo isso e te ligo depois. Não se preocupe, minha tia Julia também está vindo. Não vai acontecer nada.
— Certo, mas tenha cuidado.
— Sim.
Desliguei o telefone e saí do elevador. Nem precisei bater na porta da casa da minha avó. Estava escancarada, e as vozes de uma discussão acalorada vinham lá de dentro.
— Kiara cresceu sem mãe, e vocês, como avó e tia, não ensinaram ela a ser uma pessoa decente? — A voz de Eduarda soava estridente.
— Como assim a Kiara não sabe ser uma pessoa decente? — Tia Julia retrucou, sem dar espaço. — Qualquer um da nossa família é mais decente que qualquer membro da sua família Castro!
— Olha quem está se achando agora! Que tipo de filha manda o próprio pai para a cadeia e destrói