Depois de dizer isso, Jean me abraçou novamente e pressionou seus lábios contra minha testa, de forma contida. Eu sabia que, com tantas pessoas ao nosso redor, ele segurava a saudade que transbordava em seu coração, tentando manter o controle. E eu, no fundo, estava na mesma situação.
Naquele momento, eu não queria saber de comida, só conseguia pensar em voltar para o hotel. E, quanto ao que fazer lá, bem... adultos entendem. Mas, assim como ele, com tantas pessoas nos observando, só me restava disfarçar e agir com calma. Então, lá fomos nós fingir normalidade e jantar.
— A comida italiana é bem mediana... Não chega nem perto da sua. — Jean reclamou, com a expressão levemente contrariada, depois de dar uma garfada. Ele claramente não estava gostando da culinária local e fazia questão de comentar a cada mordida.
Eu ri, lembrando das estratégias dos meus colegas de trabalho.
— Os veteranos da empresa já conhecem bem. Sempre que vêm para cá, vão direto procurar restaurantes brasileiros.
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