Meus olhos se estreitaram, surpresa com o gesto de Davi. Ele ainda se lembrava daquele episódio. No entanto, para mim, uma xícara de chocolate quente que eu não bebi não era algo com que eu me importasse.
Eu sorri educadamente e recusei:
— Obrigada, mas eu não bebo algo de procedência desconhecida.
O rosto de Davi imediatamente se fechou, ficando frio e rígido. Ele claramente entendeu a insinuação por trás das minhas palavras.
Sem me incomodar com sua reação, desviei o olhar e joguei o cabelo para trás:
— Vamos logo. Se demorarmos muito, o pessoal daqui já vai estar saindo para o fim do expediente.
Entramos no prédio, pegamos uma senha e nos sentamos para esperar.
Davi continuava me observando, como se quisesse puxar assunto. Mas, antes que ele pudesse dizer algo, meu celular tocou. Aproveitei a oportunidade e me levantei para atender.
Era Jean.
De repente, lembrei que tinha esquecido de avisá-lo que eu não estava no escritório naquela tarde e que ele não precisava me buscar.
— Alô...