Eu ainda estava na concessionária quando o celular tocou. Era Tatiana.
— Kiara, a Sra. Isabela está aqui procurando por você.
Respondi, sem me abalar:
— Não se preocupe com ela. Diga que eu tenho compromissos hoje, não vou voltar para a empresa, e peça para ela ir embora.
— Mas ela se recusa a sair. Está sentada no seu escritório. Posso pedir para os seguranças tirarem ela de lá?
— Não precisa, deixe ela sentada lá.
Sabia que, se Isabela causasse confusão, até os seguranças poderiam não dar conta da situação, e isso acabaria prejudicando a operação normal da empresa.
— Tudo bem... — Tatiana suspirou e desligou.
Não dei muita importância ao assunto. Isabela só sabia aparecer para pedir dinheiro, nada mais. E eu estava decidida: não daria um centavo. Se cedesse uma vez, seria um ciclo sem fim.
Guardei o celular no bolso e me virei para voltar ao salão de exibição. Mas, ao levantar o olhar, dei de cara com uma figura familiar. Não, mais do que familiar: uma inimiga.
Emilia vinha andando,