Amor é amor, dívida é dívida. Essas duas coisas não podem se misturar. Caso contrário, qual seria a diferença entre mim e uma sugar baby que vive às custas de um homem?
Jean assentiu com seriedade:
— Você tem razão. Eu não considerei isso completamente. Foi um erro meu.
Eu sorri de forma travessa e brinquei:
— Mas os juros podem ser negociados, né? Um desconto seria bem-vindo.
Ele respondeu prontamente:
— Claro, e sem prazo para pagar.
— Obrigada, Mestre Jean.
Achei que, ao recusar a generosidade dele, Jean ficaria incomodado ou talvez até chateado. Mas, enquanto trocávamos essas provocações, percebi que ele continuava o mesmo, com a expressão tranquila de sempre. Isso me deixou aliviada.
Jean, de fato, era incrivelmente tolerante e educado. Sua elegância não era uma fachada, mas algo genuíno e enraizado em sua personalidade.
O julgamento do meu caso contra Tânia aconteceu no dia marcado. Quando a vi novamente, quase não a reconheci. Ela estava magra como um esqueleto, com as bochechas