— Mãe! Cala a boca! — Tânia se virou para Eduarda e gritou, furiosa. — Ela está fazendo isso de propósito, só quer ver você se humilhar. Não caia no jogo dela!
— Kiara, quem precisa da sua falsa piedade? Se tem coragem, me destrua de uma vez! Porque, assim que eu sair daqui, vou fazer você se arrepender! — Tânia gritou, descontrolada, como se estivesse possuída, cuspindo cada palavra com ódio.
Eu me odiei naquele momento. Por que fui me colocar numa situação para ser insultada?
— Tudo bem, que você tenha fibra, então vá para a prisão e aprenda a se comportar. — Eu disse isso, me virei e saí sem olhar para trás.
Assim que vi Jean, ele suspirou antes mesmo que eu dissesse qualquer coisa:
— Por que você sempre amolece no momento decisivo?
Era óbvio que ele sabia exatamente o que tinha acontecido no tribunal. Eu apertei os lábios, sentindo um nó de frustração no peito, e respondi com sinceridade:
— Pensei que, com a minha vida tão boa agora, não valia a pena guardar rancores.