— Por que não? Você já esteve na minha casa antes. — Eu disse com um sorriso.
Jean riu de leve e respondeu:
— Mas agora o significado é outro.
E era mesmo. Tinha razão. Essa era a primeira vez que eu o convidava para o meu apartamento depois de termos assumido nosso relacionamento. De certa forma, era um tipo de sinal, talvez uma aprovação silenciosa.
Eu lancei um olhar rápido para ele e murmurei quase inaudivelmente:
— Vem se quiser.
Ele apenas sorriu, sem dizer nada, e desceu do carro comigo. Passamos pela portaria juntos. No elevador, nenhum de nós falou. Quando nossas mãos se esbarraram por acaso, ambos recuamos rapidamente. Ao abrir a porta do apartamento, ele estava tão perto de mim que eu podia sentir sua respiração quente roçando o topo da minha cabeça. Aquele calor me provocou um arrepio imediato, que subiu pela minha nuca.
Assim que entrei, coloquei minha bolsa no móvel, mas antes que eu pudesse fazer qualquer outra coisa, Jean segurou meus ombros, me virou para ele e me beij