Falando sério, aquelas palavras do Lucas realmente não tinham nada de mais. Era só ele mostrando lealdade na frente do chefe, algo completamente normal. Mas Jean, ao ouvir, pareceu levar a coisa a sério.
Quando entramos no elevador, Jean virou-se para mim. Ele arqueou levemente uma sobrancelha, com um brilho curioso no olhar, e perguntou:
— Você disse que não foi má com ele, quero detalhes. Como assim "não foi má"?
Eu olhei para ele de soslaio e respondi:
— Bem… Eu pago um salário muito bom para ele! Nesse aspecto, eu sou uma chefe extremamente generosa.
— Só isso? — Ele insistiu, sem mudar a expressão.
— E o que mais seria? — Eu retruquei, cruzando os braços.
— E então, por que você soltou minha mão mais cedo? — Jean me encarou, aprofundando a questão.
Eu virei a cabeça para ele, dei um sorriso meio sem jeito e resolvi ser direta:
— Você está com ciúmes?
— Um pouco. — Jean admitiu sem rodeios, sem desviar o olhar. — Você parece admirar bastante ele, e, pelo que vejo, ele também