Depois de me despedir do advogado, voltei para o meu carro. Meu humor estava um pouco confuso: uma mistura de alegria e apreensão, de alívio e preocupação.
Peguei o celular e pensei em ligar para minha avó para contar o resultado do processo. Assim que disquei o número, vi uma ambulância chegando em alta velocidade.
— Vó… Sim, o processo terminou. O Davi, pelo menos, teve um pouco de consciência. O juiz decretou o divórcio.
Ouvi minha avó suspirar aliviada do outro lado da linha. Enquanto ela falava com alegria, meu olhar permaneceu fixo na cena do lado de fora.
Davi estava sendo colocado em uma maca pelos paramédicos, enquanto Eduarda o acompanhava. Ao descer os degraus do tribunal, ela tropeçou e caiu no chão com tudo. Os paramédicos precisaram ajudá-la a se levantar.
Eu, ainda dentro do carro, franzi a testa ao ver aquilo:
— Sim, vó, entendi. Eu aviso depois. No fim de semana vou almoçar com a senhora, e conversamos com calma.
Desliguei o telefone, mas continuei observando a movimen