Eu estava completamente confusa:
— Não tinham acabado de dizer que eu precisava esperar?
Antes que o funcionário pudesse responder, uma voz baixa e firme soou na entrada do escritório:
— Kiara.
Virei-me de repente e fiquei pasma. Era o Jean!
Arregalei os olhos, surpresa:
— O que você está fazendo aqui?
Jean fez um gesto com a mão, chamando-me:
— Vamos, saímos e conversamos lá fora.
A alegria tomou conta de mim, e um sorriso apareceu involuntariamente no meu rosto. Caminhei até ele, e Jean, de forma natural, colocou a mão em meu ombro, conduzindo-me para fora, em direção ao grande salão do escritório.
Não demorou muito para que o chefe da Receita Federal viesse apressado ao nosso encontro:
— Sr. Jean, por que não nos avisou que viria? Teria sido um prazer recebê-lo na entrada.
Jean curvou levemente os lábios, com uma expressão formal e educada:
— Só vim buscar alguém. Não pretendo atrapalhar, já estamos de saída.
— Não gostaria de ficar mais um pouco?
— Não, tenho outros compromissos.
—