— Ai, eu também não gosto desse tipo de lugar barulhento, parece que minha cabeça vai explodir. — Amélia balançou a mão com impaciência e deu ordens ao garçom que a acompanhava. — Deixa aqui mesmo.
O garçom colocou na mesinha da varanda uma variedade de petiscos, pratos e uma garrafa de vinho tinto, preenchendo todo o espaço disponível.
— Kiara, senta aí, vai. Você mal comeu à noite, né? Come alguma coisa. — Amélia disse, acomodando-se e acenando para que eu fizesse o mesmo.
Sem ter como recusar, acabei me sentando.
— Amélia, você me enganou bonito, viu? Me ajudou várias vezes e eu nem sabia quem você era. — Resmunguei de maneira teatral, fingindo estar chateada.
Amélia riu e respondeu:
— "Fazer o bem sem olhar a quem", não foi isso que você me ensinou? Olha só você, salvando a vida do meu irmão várias vezes, e sempre saindo de fininho, sem esperar nenhum agradecimento.
Não consegui segurar o riso. Do jeito que ela colocou, parecia mesmo que era assim.
— Naquele dia, na porta do hospit