Lá estava ele: pernas cruzadas, uma postura relaxada, agia como se fosse o dono do mundo e carregava um charme nato que eu conhecia bem. Um charme que era capaz de enganar e seduzir, mas que agora só me causava náuseas.
Ele sorriu para mim como se fossemos amigos de longa data e eu quis socar seu rosto até quebrar seus dentes.
— Helena! - Ele falou conforme eu me aproximava.
— O que você quer, Hennry? Direto ao ponto. - Perguntei com uma voz séria e seca parando de pé a sua frente de braços cruzados.
— Olá? Tudo bem? Como vai? Quanto tempo! - Ele falou com dramaticidade se levantando. — Pulamos as formalidades?
— Adeus, Henry. - Falei revirando os olhos e bufando enquanto me virava.
— Opa, opa, espera aí. - Herny agarrou meu braço enquanto falava.
Eu me virei olhando para sua mão e para ele, meu olhar quase o fulminava, seu toque me causava repulsa. Ele ergueu os braços me soltando e seguiu com seu sorriso cínico.
— Eu vim a trabalho. Mandei um monte de emails e ninguém me respondeu