Luca
A campainha soou insistentemente. Por um longo tempo eu a ignorei achando que alguém atenderia. Depois me lembrei de que Antônia não vinha trabalhar hoje e quem quer que estivesse do lado de fora não iria embora. Curiosamente o barulho parou e eu me permiti relaxar de novo. Cerca de um minuto depois ouvi sons de passos na escada e, numa fração de segundos, eu estava desperto com duas armas destravadas e apontadas para a porta – Sou eu, bonitão. Não atire – a voz de Petrus veio do outro lado da porta. Suspirei aliviado. Esse era o ônus de ser quem eu era. Vivia à espera do dia em que alguém atentaria contra a minha vida, sobressaltado.
- Você sabe por que eu não te chamo de filho da puta, não é?
- Por que você me ama?
- Não. Por que a sua mãe também é a minha.
- Ah! Isso. Pensei que fosse amor. Demétrius me deixou entrar. Ele me ouviu lá do apartamento dele. O cara é bom.
- Sim. Ele é ótimo.
Travei as armas e as coloquei de volta no local. Em seguida, levantei-me – Porra! Dá pra c