E o tempo é mesmo uma coisa muito traiçoeira, passa sem que a gente sinta, principalmente quando nos perdemos pela vida. E de repente, assim, sem nenhum motivo aparente, Killer deixou de treinar seu turno.
Uma licença que se estenderia, com a autorização do capo, até o casamento de Tank.
Que por mais que ele tivesse planejado de uma forma, aconteceu de outra.
E o que mudou os planos dele também foi o que trouxe lágrimas aos seus olhos.
Estavam dormindo, a madrugada mais quente do ano, e ainda assim Tank dormia abraçado a Dállia como sempre fazia. Um braço esticado que ela usava como travesseiro e outro na cintura dela, a mão sobre a barriga, aquele gesto quase instintivo de quem precisa proteger o próprio mundo.
Mas naquela noite, ela o acordou.
Ele sentiu, assim que despertou com a voz embargada da noiva. Tank soube que estava na hora, a barriga mais dura do que o normal, os músculos tensos da mulher que amava...
— Tank
Ele se sentou na cama no mesmo segundo. Nem pediu que ela repeti