Dylan saiu ao lado do filho, mas com a mente bem mais bagunçada do que o buraco imundo em que estavam.
A vergonha surgiu com a naturalidade com que Ed tratou aquelas acusações.
O que mais ele sabia?
Por que não tinha se chocado?
O filho conhecia os detalhes do que ele tinha vivido com os japoneses e antes deles?
Saiu olhando para o chão, sentia como se ele fosse o prisioneiro e não mais aqueles homens que matou, não tinha ideia de como encarar o filho, imaginou as coisas que Ed devia estar pensando sobre ele.
— Filho, eu não sou gay.
O rapaz franziu a testa, aliás o rosto inteiro, a frase do pai pareceu a mais absurda do mundo. Não que tivesse problemas com isso, não tinha.
Tinha vários amigos que gostavam de homens, inclusive no grupo que se apresentaria ao FBI na próxima semana.
Fazia sucesso entre eles também, muitos brincavam que era um desperdício Ed gostar de meninas, ele nunca se incomodou, para ele cantadas eram cantadas indiferente de onde viessem podiam ser aceitas ou recusa