Tank caiu no meio da sala e, assim que se despediu de Joshuá, começou a gritar como se tivesse sido alvejado por um míssil:
— AÍ... DROGRA! SOCORRO... MINHA PERNA! TÔ MORRENDO, DÁLLIA!
Gritou o mais alto que conseguiu e como ele já previa, não demorou até que Dállia surgisse na porta, com o olhar apavorado e o coração aos pulos.
— MEU DEUS, Tank! O que aconteceu?
Ela ajoelhou ao lado do namorado, as mãos trêmulas, sentia o coração na garganta, pediu desculpas, brigou, depois beijou a mão do namorado.
— Desculpa, você é louco? Por que pulou a janela?
Tank a olhou com uma expressão de sofrimento e dor como um ator de novela mexicana prestes a morrer.
— A janela, perdi a perna! Acho que nunca mais eu vou andar.
Ela segurou o rosto no namorado entre as mãos.
— Fala comigo! Onde tá doendo? Você quebrou alguma coisa?
Tank soltou um gemido alto e forçado, como se cada palavra pudesse ser seu último suspiro.
— Minha alma! Minha alma tá quebrada.
Dállia se afastou um pouco.
Olhou já meio desco