O celular de Ana tocou, exibindo o nome da sogra. Uma pontada de surpresa a atingiu; a ligação era inesperada. Ela atendeu, e a voz do outro lado soou apreensiva, quase urgente.
_ Ana, minha querida, o que está acontecendo? Onde você está? Eu acabei de ir na casa de vocês e a Sofia estava lá... O que ela está fazendo na sua casa?
Ana respirou fundo, a calma que emanava de sua voz era quase um escudo contra a tempestade que a sogra parecia estar vivenciando.
_ Sogra, eu não estou mais lá. Eu e o Pedro estamos nos divorciando. Ele e a Sofia estão juntos, e eu não vou aceitar migalhas de ninguém.
A voz de Ana, embora serena, carregava a firmeza de uma decisão irrevogável.
Um silêncio pesado preencheu a linha, quebrado apenas por um suspiro audível do outro lado.
_ Ana... eu sinto tanto, minha filha. Eu gosto tanto de você, você sabe disso. Eu vi o Pedro sofrer tanto por causa daquela mulher, e foi você que o tirou daquele sofrimento. Mas eu entendo... entendo que não é justo com você v