Puro ego masculino

A música abafada da boate mal alcança a sala privada, um cubículo forrado em veludo vermelho e cheiro de álcool velho. Mas nem o barulho nem o cheiro importam para Pedro. Ele está de pé, no meio da sala, uma garrafa de uísque pela metade na mão. Com um grito rouco, ele arremessa a garrafa contra a parede, que se estilhaça em mil pedaços, o líquido âmbar escorrendo como sangue.

Ofegante, o rosto vermelho e suado, grita frustrado:

_ Acabou! Ela conseguiu!

Bruno e Thiago, amigos de longa data de Pedro estão sentados em um sofá próximo, encolhem-se um pouco, mas não ousam se mexer. Eles já viram esse filme antes. A última vez foi há anos, quando Sofia os deixou. Mas agora parece mais desesperado, o Pedro de agora é ainda pior.

Thiago fala baixo para Bruno.

_ Ele tá muito mal. Nunca o vi assim, nem com a Sofia.

Pedro chuta uma poltrona, derrubando-a. Os olhos dele estão fixos no nada, a respiração pesada.

Pedro fala qlem quase um sussurro, depois um grito.

_ A certidão! No próximo mês! De
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