A penumbra azulada do amanhecer começava a invadir o quarto, desenhando as silhuetas dos móveis. Um raio de sol mais atrevido esgueirou-se pela fresta da cortina, pousando suavemente no rosto de Pedro. Ele se mexeu, um resmungo escapando dos lábios, e abriu os olhos lentamente.
A princípio, o teto familiar o tranquilizou. Mas ao tentar se esticar, sentiu um peso inesperado ao seu lado. Franziu a testa, confuso. Ele pisca algumas vezes, se acostumando à claridade, e então vira a cabeça para o lado.
Ao seu a mulher está com cabelo castanho-claro está espalhado no travesseiro, e a coberta se molda suavemente ao seu corpo. Pedro observa-a por um momento, um carinho genuíno transbordando em seu olhar.
Um sorriso preguiçoso surge no rosto de Pedro. Ele estende a mão com delicadeza e, com a ponta dos dedos, começa a traçar o contorno do seu braço, subindo e descendo suavemente. A pele dela é macia e morna.
Ela se mexe levemente, mas não acorda. Pedro continua, agora deslizando a mão pelo omb