Ana e Rafael se aproximam da Confeitaria. O sino acima da porta tilinta suavemente quando eles entram, anunciando sua chegada. O aroma de açúcar queimado e chocolate derretido preenche o ar, quente e convidativo.
Maria, com seu avental impecável e um sorriso profissional, está atrás do balcão, terminando de empacotar um bolo para uma senhora idosa. Seus olhos, no entanto, desviam-se rapidamente para os recém-chegados, um flash de curiosidade genuína brilhando neles antes que ela volte sua atenção para a cliente.
_ Obrigada de novo, Rafael, Ana diz, virando-se para ele com um sorriso sincero.
_ Você me salvou daquele turista assanhado mais cedo. Não sei o que teria feito sem você.
Rafael, um pouco sem jeito, coça a nuca. _Que nada, Ana. Só fiz o que qualquer um faria.
Mesmo assim,"ela insiste, seus olhos brilhando em gratidão.
_Espera um pouquinho.
Ana segue para os fundos da confeitaria, e Rafael observa-a ir. Maria, entregando o bolo à cliente, lança olhares discretos