Eu não sabia o porquê, mas, ao contrário das complicadas luzes do parque de diversões, que nunca me causaram dor de cabeça, agora tudo parecia confuso, e eu simplesmente não queria lidar com isso.
— Você não confia em mim? — George perguntou.
— Não é isso... É só que... — Olhei para ele. Sua camisa estava visivelmente suja, e as barras da calça estavam molhadas.
Ao vê-lo daquele jeito, senti um aperto no coração.
— Eu dou conta, vai logo. — Ele disse, enquanto dava um leve tapinha na minha cabeça. — Obedece.
Senti um arrepio percorrer meu couro cabeludo. Fazia pouco tempo que Miguel também tinha tocado minha cabeça, mas a sensação era completamente diferente.
O toque de George trazia algo quente, doce, como se fosse algo que eu desejava há muito tempo, algo que me faltava e que, de repente, estava ali, ao meu alcance.
Diante do olhar de George, não consegui sustentar o contato visual por muito tempo. Desviei o olhar, meio sem jeito, e fui comprar as coisas que ele tinha pedido.
Quand