Sebastião olhou para mim com um olhar mais profundo. Eu sorri levemente:
— Apesar de você não falar, eu já sei quem é.
— Quem você acha que é? — Ele perguntou.
Eu o encarei, sem dar resposta.
Sebastião se sentou, até pareceu que iria sair da cama. Ele me perguntou:
— Carolina, você não acha que é Miguel, acha? Você vai namorar ele para se vingar de George?
Sebastião foi quem esteve comigo durante anos de namoro, ainda sabe o que penso.
— Não é ele? Então me diga quem é. — Eu perguntei diretamente.
— Carol, não é Miguel. Como você pode achar que é ele? Mas quem é, eu também não sei. Na verdade, eu disse que houvesse alguém por trás disso, era só uma suposição. — Sebastião se corrigiu.
Eu estava calma, sem pressa, disse:
— Se não for ele, ainda melhor. Ficar com ele não seria um peso para mim.
Sebastião ficou imóvel.
— Carolina...
Eu suspirei.
— Sebastião, nós nos conhecemos há dez anos, namoramos por quatro, depois me apaixonei por George. Eu já vivi o amor platônico e o amor à primeira