Nos olhos de Miguel, uma expressão de perda brilhou por um instante, mas ele ainda acenou com a cabeça, estendeu a mão e chamou um táxi para mim, abrindo a porta com um gesto gentil.
O táxi seguiu seu caminho, mas o carro de Miguel permaneceu atrás, seguindo a distância exata, nem perto, nem longe.
— Menina, brigou com o namorado, foi? — O motorista perguntou com um sorriso amistoso.
— Esse seu namorado é bem compreensivo, não insistiu para você entrar no carro dele, e agora fica quietinho, só te seguindo, cuidando de você de longe. — O motorista falava mais do que eu esperava.
Eu olhei para fora da janela, meu olhar perdido nas luzes da cidade.
— Ele não é meu namorado.
O motorista ficou visivelmente surpreso e então ficou em silêncio.
Eu segui observando a paisagem da noite, mas, aos poucos, algo chamou minha atenção. No retrovisor, além do carro de Miguel, havia outro.
Parecia ser o carro de George.
As palavras de Sr. Soren sobre o noivado começaram a ecoar em minha mente.
Senti com