Dessa vez, eu não chorei. Parecia que todas as lágrimas que eu tinha já haviam secado. Ou talvez fosse algo dentro de mim que havia mudado. Aceitei com serenidade o fato de que eu e George seguiríamos caminhos diferentes.
No caminho de volta, a chuva só aumentava, como se estivéssemos em plena temporada de chuvas.
Não sei se foi por distração ou pelo asfalto escorregadio, mas, ao frear, meu carro derrapou e bateu no veículo à minha frente.
A chuva estava tão intensa que nem eu nem o outro motorista conseguimos sair para verificar os danos. No fim, decidimos ambos permanecer nos carros e chamar a polícia.
Quando a polícia e os representantes da seguradora chegaram, a chuva havia diminuído um pouco. Finalmente saímos dos carros, e, ao ver quem era o outro motorista, ficamos surpresas.
— Se eu soubesse que era você, não teria chamado a polícia num dia de chuva como esse. — Disse Elisa, com um sorriso debochado, enquanto o jovem policial, que não devia ter mais de vinte anos, disfarçava o