Quando saí da sala de detenção, os gritos de Pedro ainda ecoavam nos meus ouvidos.
Sebastião não tinha mentido. O estado emocional de Pedro estava terrível, oscilando entre acessos de raiva e momentos de total desânimo.
A frase que ele disse no final “Carolina, eu não quero ficar aqui! Eu preciso sair! Eu sou inocente!” perfurou meu coração como uma lâmina.
Assim que saí, Sebastião, que já estava me esperando do lado de fora, veio em minha direção com passos largos. Ele notou imediatamente meu semblante abatido e me segurou pelo braço:
— Você está pálida. O Pedro falou alguma coisa que te deixou assim?
Ainda com as palavras de Pedro ecoando na cabeça, olhei para ele e disse:
— Vamos para o carro. Conversamos no caminho.
Eu sabia o motivo pelo qual Pedro havia me pedido para sair rapidamente. Provavelmente, havia espiões do Clube Q por ali. Ele temia que eu fosse vista, o que também colocaria minha segurança em risco.
Sebastião me levou rapidamente até o carro e, assim que entrei, me en