— Miguel, Sebastião é adulto. Ele precisa arcar com as consequências das escolhas dele. — Disse, expondo meu ponto de vista.
João mandá-lo embora ou até mesmo cortar relações era algo que Sebastião tinha provocado por conta própria.
— Eu sei, mas ver ele brigando assim com o meu pai me deixa preocupado. E, além disso, tirar ele da empresa vai acabar prejudicando o negócio. — Miguel explicou, demonstrando a razão da sua aflição.
Dei um sorriso leve e irônico.
— Mas não é você que está lá para isso?
Miguel me olhou surpreso, quase incrédulo.
— Carol, eu nunca pensei em administrar a empresa. Se fosse o caso, eu nem teria saído naquela época.
Se ele realmente nunca pensou nisso, só ele mesmo poderia saber. Não era algo que eu pudesse afirmar.
Ainda assim, compartilhei minha opinião:
— A empresa é do tio João, ele com certeza tem seus planos. Se quer tirar o Sebastião, é porque sabe que a empresa pode continuar funcionando sem ele.
Minha fala foi direta, fria, mas completamente racional. E