— Tudo bem. — Concordei, olhando para Cátia. — Tia, nós vamos indo.
Cátia pareceu perceber que eu não estava bem. Ela lançou um olhar para o andar de cima, provavelmente curiosa sobre o que eu e João havíamos conversado, mas não insistiu para que ficássemos.
— Vão com cuidado.
George e eu saímos. Assim que entramos no carro, antes mesmo de eu dar a partida, ele segurou minha mão.
— O que aconteceu?
— Nada demais. Só falei sobre meus pais. — Respondi, sem esconder nada dele.
— Foi sobre o acidente? — George adivinhou imediatamente.
Soltei uma risada um pouco amarga.
— Culpa sua. Fiquei pensando nisso e quis perguntar.
— E aí? — Ele insistiu.
Lembrando das palavras de João, liguei o carro e pisei no acelerador, ao mesmo tempo em que dava minha resposta para George.
— Um acidente, só isso.
Enquanto saíamos da Mansão Martins, acrescentei:
— O laudo da perícia está lá. Tudo documentado.
George não disse mais nada, e seguimos nosso caminho. Já era noite, e as luzes da cidade brilhavam intens