Na hora de pagar, recebi uma ligação do George.
— Estava ocupado antes e só vi sua mensagem agora. — Explicou ele.
— Hum, eu imaginei. Está com tempo agora? — perguntei.
— A que horas? — ele respondeu.
Pensei um instante. Se fôssemos às seis, seria a hora do jantar. O Sr. João e a Sra. Cátia com certeza iam me convidar pra comer. Eu não me importaria, mas talvez George se sentiria desconfortável.
— Às sete e meia. — Sugeri. Esse horário já teria passado o jantar na casa de Martins.
— Certo. Posso ir te buscá-la às sete? — George perguntou.
Acabei rindo.
— Vai me buscar de bicicleta compartilhada?
Eu realmente só disse por graça, mas a pausa do outro lado da linha me fez perceber que ele poderia ter entendido errado.
— Não... não foi isso que eu quis dizer. — Apressei-me em explicar. — Eu posso ir buscar você.
— Eu volto para casa meia hora antes. Quando for hora, a gente sai juntos. — Ele disse, antes de fazer uma pausa. — Precisa que eu leve algum presente?
— Não precisa.