— Sua demissão não tem validade. — Miguel disse com uma autoridade que transparecia sua posição de poder.
Eu sabia que ele tinha esse direito, e mesmo que não tivesse, poderia facilmente fazer João intervir e invalidar a decisão de Sebastião. Mas eu não queria isso.
Então, respondi, tentando cortá-lo:
— Sebastião já concordou.
Afinal, neste momento, Sebastião era o verdadeiro chefe do Grupo Martins, e Miguel ainda não era.
Do outro lado da linha, Miguel ficou em silêncio por alguns segundos antes de perguntar:
— Onde você está?
Desde que me mudei, apenas Luana e George sabiam onde eu estava. Mas eu não podia garantir que Miguel não fosse capaz de adivinhar. Ele sempre esteve atento a mim, lembrando até do número do celular que eu raramente usava. Talvez ele conseguisse descobrir, mas não pretendia facilitar as coisas.
— Miguel, o parque de diversões foi meu projeto nos últimos dois anos. Agora, o que falta, eu confio que você vai finalizar. — Respondi, tentando mudar de assunto.
— Caro