Não dava pra esconder nada dele.
Afastei-me do peito de George e, para quebrar o clima, falei:
— Você passou dos limites. O Miguel é meu chefe, e você simplesmente saiu distribuindo trabalho pra ele?
— Ele chegou depois. Não vou deixar ele nos mandar, né? — George respondeu, e eu não tive como retrucar.
Por mais que Miguel fosse competente, ele não entendia o que estávamos fazendo no momento.
— O quê? Você quer trabalhar com ele? — George perguntou de repente.
— Claro que não! — Neguei prontamente, e ao olhar para ele, vi um sorriso rápido passar por seus lábios.
Continuámos nosso trabalho como de costume. Miguel não voltou a se aproximar, mas Ana logo veio correndo em nossa direção:
— Carolina, o que tá pegando? O chefe veio fiscalizar pessoalmente?
— Isso mesmo. E ele vai trabalhar com você no teste da iluminação. — Respondi, vendo os olhos de Ana se arregalarem.
— Ah, não, Carolina! Não faz isso comigo! Eu não quero trabalhar com o chefe. Você que devia ficar com ele. Se fizer algum