— Eu também vou esperar o papai! — Completou Estélio, com sua voz infantil.
O momento da despedida era doloroso por si só, mas ouvir essas palavras ditas com tanta sinceridade por um menino tão pequeno foi como uma faca atravessando o coração de Esther e Marcelo. A dor silenciosa tornou difícil para eles controlarem as emoções.
— Voltaremos juntos para buscar você, com certeza. — Ambos disseram isso ao mesmo tempo, com as vozes embargadas, como se algo os sufocasse, dificultando a respiração.
Apesar disso, não hesitaram em seguir em frente, sem olhar para trás.
Estélio permaneceu no lugar, observando os pais se afastarem. Não derramou uma lágrima sequer, apenas deixou transparecer uma determinação incomum para alguém de sua idade.
O Faraó, ao vê-lo ali parado, se abaixou para falar com ele, usando um tom calmo e acolhedor:
— Diga, meu neto, o que você quer fazer? Ir passear? Ou prefere começar a estudar?
O olhar do avô era cheio de ternura, e sua paciência parecia infinita.
Estélio, c