— Talvez não seja isso que você está pensando. — Disse Ademir, tentando consolar Estrella sem sequer refletir muito.
Os olhos de Estrella brilharam frios, cheios de frustração.
— Então o que é? Meu pai já me reconheceu. Por que ele não? Ele esqueceu como éramos próximos quando crianças? Como é que agora, depois de adultos, tudo mudou?
— Talvez seja porque você acabou de voltar. — Ademir tentou mais uma vez apaziguar a situação. — O Sr. Bernardo deve estar se ajustando ainda. Ele passou anos te procurando, não se esqueça disso.
Estrella soltou uma risada amarga.
— Procurando? Não parece que ele me vê como irmã!
— Não é isso... —Ademir tentou explicar.
— Não é? Ele trata aquela mulher tão bem! Ele até deu um presente pra ela! Nem pra mim ele trouxe algo, mas pra ela sim! — Exclamou Estrella, com a voz cheia de ressentimento e raiva. — Isso não vai ficar assim. Se ele gosta tanto dela, vou acabar com ela! Se eu não posso ter, ninguém mais vai ter!
Ademir hesitou, mas respondeu com firmeza